domingo, 21 de outubro de 2012

CURSO DE NR 35 EM FEIRA DE SANTANA -BA


TRABALHO EM ALTURA 1. QUEDA E RESGATE Imagine o alívio de um trabalhador que sofre uma queda quando ele constata que um sistema de resgate funcionou, salvando-o de um mergulho que poderia ocasionar a sua morte. Agora imagine o pânico que se instala quando o trabalhado constata que não existe nenhum plano de resgate ao alcance. Isto é inadmissivel. O ideal é que um trabalhador que sofre uma queda de altura se sinta calmo e confortável quando observa um bem coordenado plano de resgate sendo posto em prática. Consultores em proteção de quedas observam diferentes abordagens para a proteção de trabalhadores. Infelizmente, uma observação comum é que mesmo a mais proativa empresa tende a minimizar ou ignorar grosseiramente a necessidade de um sistema de regate de quedas. De fato, a maioria dos consultores industriais acredita que o RESGATE constitui o aspecto mais negligenciado para a proteção de quedas. Enquanto alguns cenários de resgate possam ser complicados, na maioria dos casos um resgate bem sucedido pode ser conseguido simplesmente usando uma escada manual. O plano mais simples é geralmente o melhor. Ele precisa ser concebido previamente e assim as pessoas e equipamentos adequados estarão prontos quando necessário. Lembre-se que ligar para o corpo de bombeiros não representa a única resposta para um resgate de quedas. Um dos aspectos de um plano de resgate é que trabalhadores numa situação de queda possam acessar seus telefones celulares e eles mesmos acionarem o corpo de bombeiros (obs. De preferência, utilizando apenas uma tecla numérica do celular). Entretanto, uma emergência médica, um trauma durante uma queda ou simplesmente uma circunstância onde o trabalhador não consegue alcançar o seu celular, mostra que este plano é inoperante. E ainda, dependendo das circunstâncias e capacidades de serviços locais de resgate, contar com esses serviços externos pode não funcionar a tempo de prevenir lesões graves ou até mesmo a morte do trabalhador. 2. RESGATE IMEDIATO Qual o menor tempo que você precisa para resgatar um trabalhador em uma situação de queda? Um período de tempo exato não está previsto na legislação. Diretrizes do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos diz apenas que as empresas necessitam manter disponível um sistema imediato de resgate em caso de queda. Infelizmente, não está definido o que significa “imediato”. Pergunte a você mesmo, quanto tempo você aguentaria ficar suspenso, amarrado? Em um recente seminário na Internet, foi feito uma enquete sobre essa pergunta e 100% dos participantes disseram que não aguentariam mais do que 15 minutos. Como a legislação oficial não especifica um tempo a respeito do problema, nós podemos dar uma olhada no que diz a ciência sobre o assunto, ou seja, quanto tempo um trabalhador pode ficar suspenso sem uma lesão grave. 3. TESTES DE RESISTÊNCIA Em 1987, foi desenvolvido um estudo na Base Aérea Wright-Paterson para determinar o efeito da falta de movimento em um corpo suspenso. A suspensão sem movimento pode sobrevir de uma condição médica que leva à queda, trauma durante ou após a queda, ou simples fadiga durante a suspensão. O teste de aptidão militar finalizava o teste entre 3.5 a 60minutos com uma média de tempo entre 17 a 28 minutos. Embora os dados não projetassem um quadro distinto, eles mostravam duas coisas: suspensão vertical sob amarras pode causar efeitos negativos à saúde em um curto período de tempo, mesmo na ausência de outro trauma; a tolerância do organismo ao trauma da suspensão varia de forma significativa Agora, uma questão emerge: no seu SESMT, você planeja para a baixa, a alta ou a média resistência? Embora as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho americano não especifiquem um tempo, um Boletim do órgão, de Março de 2004, estabelece que “pesquisas indicam que a suspensão sob amarras pode resultar em perda da consciência, seguida de morte, em menos de 30 minutos”. 4. ASPECTOS JURÍDICOS Devido ao fato de não existir uma regra clara, as empresas não podem ser judicialmente citadas neste fator isolado. Mas há um precedente baseado na constatação da inexistência de um plano efetivo ou apropriado de resgate. Se houver desdobramentos de ações jurídicas após o incidente que caracterize negligência no planejamento ou tomada de ação a esse problema, pode haver uma ação judicial contra a empresa. 5. PADRÕES DE RESGATE PARA QUEDAS EM ALTURA Parâmetros da diretriz ANSI Z359, estabelece resgate sob um detalhamento maior que o do Ministério do Trabalho americano. De acordo com a ANSI, o resgate deve ser imediato bem como que haja um contato verbal com a vítima no máximo em 6 minutos. O sistema determina procedimentos de resgate por escrito para todos os sistemas ativos de proteção de quedas bem como uma descrição detalhada dos procedimentos de chamada de serviços de resgate (ref. ANSI Z359.4). 6. RESGATE PRÉ-TAREFA O ideal é considerar o resgate antes que os sistemas de proteção para quedas sejam selecionados e implementados. Ao pensar primeiro nos sistemas de proteção você acaba investindo em opções que eliminam o resgate, como controles automatizados e sistemas de contenção de quedas. As empresas precisam entender que ao escolher um sistema de contenção de quedas serão obrigadas a desenvolver um plano de resgate e um correspondente treinamento de resgate. Esses fatores devem ser considerados quando inicialmente forem selecionados soluções de contenção. 7. CHECK LIST PARA UM PLANO DE RESGATE Se você ainda precisa criar um plano de resgate ou modificar um que já exista, responda primeiro às questões abaixo: 1. Quem vai implementar o resgate da queda? Procedimentos de resgate devem envolver recursos internos e externos. No mínimo, trabalhadores no local precisam de um plano para avaliar e resgatar o trabalhador caído enquanto peritos externos vão chegando; envolver-se com as instituições locais de resgate durante o processo de planejamento pode ser extremamente benéfico. Quando chamado para participar de um encontro sobre sistemas de proteção de queda em um prédio de altura elevada, o chefe do resgate avalia que a discussão pre-incidente deverá ajudar a orientar os membros da equipe em no máximo 20 minutos. Isso significa tambem pegar o trabalhador caído e colocá-lo a salvo no chão em até 20 minutos. 2. Onde deverá ocorrer o resgate? É importante considerar como os trabalhadores no seu local de trabalho estão expostos a risco de quedas. Esses pontos de exposição irão variar dependendo da indústria e do ambiente de trabalho. Você deve ter todos os riscos documentados através de um levantamento e avaliação de riscos ou você deve ter um inventário de todos os sistemas e equipamentos de proteção de quedas. Qualquer um desses recursos pode ser o ponto de partida para locais onde o resgate seja necessário. 3. Que equipamento é necessário? Os diversos tipos de sistemas de contenção de quedas em uso dentro de sua organização podem criar obstáculos aos equipamentos e procedimentos necessários para resgatar um trabalhador caído. Isto é de vital importância no planejamento do resgate porque o tipo de equipamentos de contenção irá indicar onde o trabalhador estará após a queda. Por exemplo, se um trabalhador cair enquanto utilizando um SRL em uma posição acima de sua cabeça ele deverá estar bem perto do local de trabalho de onde caiu. Por outro lado, se estiverem sendo usadas linhas de sustentação vertical na direção da horizontal, o trabalhador deve estar à distancia de sua posição inicial, devido à oscilação ou deflexão do sistema. E ainda, tenha em mente que quanto maior a variedade de sistemas que você tenha, maior a necessidade de opções de resgate. Para um resgate assistido, é melhor manter o sistema o mais simples possível. Por exemplo, um plano de resgate para riscos onde os trabalhadores estão somente a uma pequena altura da superfície de trabalho basta cortar e retirar as amarras das pernas e movê-las para baixo. Se os cintos disponíveis no seu serviço só tem um anel de engate dorsal (sem os engates de torax e braços) esse tipo de resgate pode não ser o ideal. Similarmente, uma escada ou elevador aéreo pode ser uma opção. 4. Como poderemos resgatar no ponto da queda? O item final consiste em determinar quais métodos você vai querer usar para colocar uma vítima de queda no chão. Há uma lista de auto-resgate como opção, mas é um perigo confiar nisso completamente. E ainda, quão efetivo será um sistema de auto-resgate se o trabalhador estiver inconsciente ou sem condições de se mexer? Se um incidente médico ou trauma for disparado na queda, um auto-resgate não será possível. E tambem, quando um técnico em resgate estiver tomando ações e decisões críticas em uma situação de alto risco, é bom manter a linha de contenção e a de resgate separadas, em diferentes lados do corpo da vítima. 8. PROCEDIMENTOS DE RESGATE Uma vez que a fase de pre-tarefa foi completada, procedimentos específicos podem ser criados para abordar cada sistema de proteção de quedas. Itens específicos indispensáveis: · tipo de sistema de resgate · locais das ancoragens de resgate · equipamento necessário · cintos e amarras · treinamento requerido · ações específicas Mas mesmo os melhores procedimentos de resgate serão inefetivos se eles ficaram guardados em uma gaveta de algum escritório. A fim de se assegurar de que os trabalhadores estão preparados para executar um resgate se necessário, um programa coordenado deve confirmar que aqueles trabalhadores estão adequadamente treinados e os procedimentos de resgate foram revisados antes de o sistema entrar em uso. 9. PÓS RESGATE Após a ocorrência de um incidente, é importante trazer o trabalhador caído para o chão de forma segura e rápidamente. E isso será improvável de acontecer quando não há uma previsão de como desenvolver e manter planos de resgate. Enquanto essas etapas proativas sãocríticas é também importante avaliar todos os aspectos da proteção de quedas após o resgate. O que poderia ter prevenido a queda? O que poderia ter sido melhor trabalhado durante o resgate? Foram os procedimentos seguidos de forma apropriada – ou gente teve apenas uma grande sorte? Não seja surpreendido por utilizar apenas uma proteção “meia-bomba” dos seus trabalhadores. Se você gasta tempo, dinheiro e recursos para proteger um trabalhador que acabou sofrendo uma queda, você deve empregar os próximos passos para assegurar sua segurança. Resgate não uma coisa tipo “ninguem pensou que ia acontecer” ou que se trata apenas de mais uma uma boa ideia na segurança do trabalho; o resgate é uma parte essencial do planejamento e execução de seu programa de proteção de quedas.

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